sábado, 2 de junho de 2012

Grupo revive no Facebook a Alameda em Blumenau

Quase 4 mil internautas compartilham e curtem lembranças e histórias passadas na Alameda Rio Branco

É sábado. O relógio marca 8h do dia 5 de maio. A 4 mil quilômetros de distância de Blumenau, lá em João Pessoa (Paraíba), as lembranças começam a estampar sorrisos no rosto do publicitário blumenauense Renato Heusi, 40 anos, e a aumentar o aperto no coração. É a saudade. Da família, dos amigos e da Alameda. Sim, de momentos marcantes vivenciados na Alameda Rio Branco no final da década de 1980 e início da década de 1990. De repente, uma ideia: revivenciar os instantes virtualmente. Logo, o grupo Turma da Alameda estava no Fcebook.

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Inicialmente, a intenção de Heusi foi se conectar a familiares e amigos para lembrar virtualmente da época marcante em suas vidas. Mas a repercussão foi muito além. Em três dias, 1,5 mil membros faziam parte do grupo. Em um mês, quase 4 mil internautas revivem a Alameda no grupo, seja ao postar, curtir, comentar ou apenas acompanhar fotos e relatos da época.

Heusi viveu na avenida durante alguns anos na casa dos pais e aproveitou com os amigos momentos especiais ao longo da Alameda, que hoje tem 1.050 metros e compreende os bairros Centro e Jardim Blumenau. O publicitário, que há dois anos mora com a esposa em João Pessoa, conta que não imaginava que o grupo faria tanto sucesso:

– Convidei cinco amigos ao criar o grupo às 8h da manhã. Quando entrei no Facebook novamente às 11h do mesmo dia, já havia 600 pessoas. A intenção é resgatar o ambiente da Alameda.

Logo ao ser criada no Facebook, a Turma da Alameda passou a fazer parte da vida das pessoas que trazem no espaço virtual discussões de assuntos variados da época, de música a carros.

– O grupo fica ativo durante quase 24 horas. A comunicação é constante. Acredito que é por causa da saudade que é grande e da nostalgia que é forte – comenta o criador do grupo. 

Festa reunirá nostálgicos
Com a repercussão positiva, o Turma da Alameda está organizando um encontro programado para o dia 22 de setembro, na Rivage, em Blumenau, a partir das 10h, para reencontrar pessoalmente os amigos, alguns que não se veem há 20 anos, desde a época em que curtiam a Alameda aos finais de semana. Heusi lembra que tudo começava e terminava na Alameda, que tinha vários pontos de entretenimento:

– Os grupos se reuniam, conversavam, ouviam música e olhavam para a Alameda, que ditava a moda. Era a passarela de veículos.

O agito começava por volta das 16h e se estendia até a noite. O publicitário afirma que o charme da Alameda era todo o conjunto de histórias e pessoas de diferentes tribos que se reuniam ali:

– Estar na Alameda era status. O pior castigo que os pais podiam dar aos filhos na época era proibi-los de ir à Alameda.

Palco para um grande amor
Era o ano de 1987. Em um Gol GT vermelho, Marcílio leva Bárbara para a casa dela depois de curtirem a Alameda com os amigos. O clima de romantismo foi embalado ao som da banda The The. O amor dos comerciantes Marcílio Belli, 45 anos, e Bárbara Ramona Wünsch P.N. Belli, 42, que nasceu na Alameda, resultou no casamento deles no dia 28 de novembro de 1997. Hoje, eles têm dois filhos: Matheus, 13 anos, e Felipe, sete.

– Se não fosse a Alameda, nossa história não existiria – comenta o casal, sorrindo e de mãos dadas.

Eles contam que frequentavam a mesma roda de amigos na época em que curtiam a Alameda. Bárbara morava na Rua Lauro Müller, transversal da avenida.

– Todos se conheciam. Dar uma volta na Alameda era a certeza de encontrar os amigos, que hoje estão no Facebook – lembra o casal.

Foi no Baturité que eles também curtiram alguns dos finais de semana. Muitas das músicas provavelmente tocadas pelo blumenauense Caio Santos, 50 anos, hoje fotógrafo e cinegrafista. O Baturité (onde hoje é a Master) inaugurou em 1987 e Caio tocou na danceteria durante alguns anos. Hoje, lembra da época com saudades.

– A Turma da Alameda no Facebook é a história de Blumenau sendo contada virtualmente – afirma.

Fonte: JSC

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