segunda-feira, 9 de julho de 2012

Dinheiro começa a faltar em caixas eletrônicos de Blumenau

Greve dos trabalhadores de transportes de valores afeta diretamente o serviço

A semana vai começar com caixas eletrônicos vazios. Na última sexta-feira, quinto dia da greve dos trabalhadores de transporte de valores no Estado, em Blumenau boa parte dos caixas fora das agências já estavam sem dinheiro. Sem sinal de acordo para o fim da greve, a previsão é que apenas os equipamentos instalados nas agências continuem com a opção de saque.

Lotéricas sentem efeito da paralisação
Com a falta de dinheiro nos caixas, as contas vencendo e os salários recém-depositados, as agências bancárias e lotéricas ficaram cheias na sexta-feira à tarde. Os bancos estão orientando que os clientes façam como Carneiro e sigam até as agências para sacar. A assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal informou que o banco ainda não enfrenta problemas e que os saques podem ser feitos nas agências e casa lotéricas.

A Viacredi informou que parte dos equipamentos fora do banco estão sem cédulas, mas há opção de saque pelas unidades espalhadas pelos bairros. Cerca de 50% dos caixas eletrônicos fora das agências bancárias estavam sem dinheiro na sexta-feira à tarde, estimou o diretor do Sindicato dos Empregados em Transportes de Valores de Santa Catarina (Sintravasc), Augusto Telles.

Limitar os saques a valores baixos pode ser caracterizado como prática abusiva dos bancos, explica o assessor de orientação ao consumidor do Procon de Blumenau, Rodrigo Estevão. Ele afirma que é dever do banco continuar oferecendo aos clientes os mesmos serviços dos períodos de normalidade. Entretanto, Estevão lembra que no momento há um choque entre os direitos: os trabalhadores, de fazer greve, e os consumidores, de ter seus diretos atendidos.

Clientes devem ter bom senso, segundo Procon
Por isso, recomenda bom senso aos clientes da rede bancária. O assessor também alerta que as contas devem continuar sendo pagas normalmente, pois há alternativas para quitação (veja tabela). Para quem pretende fazer compras, ele ainda frisa que o comércio não pode fazer diferenciação de preços nas opções de pagamentos à vista — que podem ser em cheque, dinheiro, crédito ou débito.

— É um momento em que as duas partes tem razão: o consumidor e os grevistas. Por isso, é preciso usar o bom senso, mas abusos não são aceitos. Quem se sentir lesado deve procurar o Procon — alerta Estevão. 


Fonte: JSC

Nenhum comentário:

Postar um comentário